O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, candidato do PT à presidência da República, afirmou nesta terça-feira, 2, que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal não serão privatizados caso ele retorne ao Palácio do Planalto após as eleições de outubro. Lula discursou em um evento em Campina Grande, interior da Paraíba, e ressaltou que outros bancos estaduais, como o Banco do Nordeste, também continuarão públicos. “Eu quero que vocês saibam que o Banco do Brasil não vai ser privatizado! A Caixa Econômica não vai ser privatizada!”, declarou o petista aos gritos. A respeito da Petrobras, o político disse que não permitirá a desestatização da empresa: “Eles que se cuidem porque nós vamos retomar o controle da Petrobras, porque a Petrobras não pode ficar dando dinheiro para os acionistas americanos em detrimento do preço da gasolina, do preço do óleo diesel e do preço do gás. Mas ele [Jair Bolsonaro] agora resolveu dar o Vale Gás. Se ele entendesse de Brasil, ele tinha que saber que não é de agora que o povo não está podendo comprar gás, faz tempo que o povo não está podendo comprar gás, porque o gás estava acima de R$ 130, acima de R$ 120”.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi alvo do discurso de Lula, em uma disputa clara sobre a paternidade da transposição do rio São Francisco: “Agora, eles [governo Bolsonaro] que nunca mexeram um palito resolveram dizer que foram eles que fizeram a transposição. Essa gente tem tanta desfaçatez, essa gente é tão mentirosa, que eles são obrigados a mentir mesmo por coisas que eles sabem que o povo sabe”. O candidato petista à presidência ainda pediu a apoiadores que deem uma “surra” eleitoral em Bolsonaro nas urnas. “Nós vamos ganhar essas eleições, não, não sou eu que vou ganhar essas eleições, vocês vão ganhar essas eleições. Vocês é que vão dar uma surra no atual presidente”, pediu. A visita do ex-presidente a Campina Grande também busca reforçar a campanha em uma cidade que virou reduto bolsonarista na última eleição. No segundo turno do pleito presidencial de 2018, Bolsonaro teve 56% dos votos válidos, contra 43% de Fernando Haddad, então candidato do PT.
Fonte: Jovem Pan